Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos 6s6w47

Movimento Sindical

Miguel Torres e Edson Bicalho participam do 5º Congresso Continental da Confederação Sindical das Américas na República Dominicana w391j

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A Confederação Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras das Américas (CSA) realiza de 13 a 17 de maio de 2025, na República Dominicana, o 5º Congresso Continental. O evento reúne mais de 400 delegados sindicais de todo o continente, homenageou o ex-presidente do Uruguai, Pepe Mujica, e está sendo realizado com debates e atos políticos sobre os temas: “Democracia e Integração na América Latina e no Caribe: desafios e prioridades do movimento sindical na região perante as mudanças demográficas, tecnológicas e climáticas” e “Defesa da democracia e combate à extrema-direita: prioridades do movimento sindical das Américas”.

Também inclui a eleição da nova direção da CSA e a definição das prioridades de ação diante dos desafios enfrentados pelos trabalhadores nas Américas.

O presidente Miguel Torres (Força Sindical, CNTM e Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes) participou do Seminário, saudou a solidariedade da classe trabalhadora das Américas e falou sobre a realidade brasileira, os avanços das medidas populares, progressistas e desenvolvimentistas do governo Lula, as pautas da classe trabalhadora brasileira (fundamentais para a manutenção e ampliação dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras), a busca permanente pelo trabalho decente, a justiça e a inclusão social e os desafios do movimento sindical perante os retrocessos defendidos pelo conservadorismo político e neoliberalismo econômico. “Este Congresso foi importante para termos mais força e resistência, solidariedade e articulação política do movimento sindical”.

Também presente Edson Dias Bicalho, secretário-geral da FEQUIMFAR, secretário de relações internacionais adjunto da Força Sindical e membro do Comitê Executivo da IndustriALL.

DISCURSO de MIGUEL TORRES NO 5° CONGRESSO

Gostaria de saudar e cumprimentar o comitê executivo e todos os delegados, delegadas e convidados nacionais e internacionais presente neste importante 5º Congresso Continental da CSA.

Uma saudação especial aos nossos amigos e companheiros anfitriões das Centrais Sindicais, CNTD, CNU e CAT, e as autoridades, e os trabalhadores e trabalhadoras dominicanos pela acolhida deste belo país caribenho.

Prezados companheiros e companheiras, vivemos num mundo em sistemática e permanentes mudanças e transformações. Principalmente no campo da revolução científico tecnológica, que define novos padrões técnicos para a produção econômica, com impactos significativos, e até desastrosos no mundo do trabalho e nos padrões de consumo e comunicação da humanidade.

A situação mundial e geopolítica é profundamente preocupante e muito grave. Os diversos conflitos armados, as guerras, o crescente aumento das desigualdades sociais, os atos e ações de agressões e ódio, e as crises humanitárias em vários países e regiões do planeta, não deixam dúvidas que estamos diante de um processo global de grande retrocesso da humanidade, liderado por uma minoria de multimilionários extremistas, mesquinhos e muito perigosos.

No Brasil, no ado recente, nós conhecemos e sentimos na pele a gravidade de um desgoverno de extrema direita, que atacou de forma brutal os direitos dos trabalhadores e ameaço de morte a existência dos sindicatos no país.

Graças a luta, unidade de ação sindical das centrais sindicais, resistência e a capacidade de resiliência dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiros, nós conseguimos defender a democracia e forjar as mudanças para melhorar as condições de vida dos trabalhadores e a população brasileira.

Depois de uma dura batalha na campanha eleitoral de 2022, os trabalhadores e as centrais sindicais demos uma grande contribuição para eleger o companheiro LULA presidente da República. Para nós foi uma virada de página no nosso objetivo de luta por direitos, empregos decentes, desenvolvimento sustentável, defesa do meio ambiente e fortalecimento da nossa democracia.

A nossa luta continua sendo árdua e muito difícil, pois elegemos o presidente da República, porém continuamos com um parlamento muito mais conservador e complexo para ajudar na pauta de interesse do País, o que tem dificultado muito a nossa luta e os avanços necessários para o desenvolvimento sustentável e a melhoria das condições de vida dos trabalhadores e da nossa população.

Apesar das grandes dificuldades e desafios, podemos afirmar que tivemos importantes avanços no diálogo social, nas políticas públicas e sociais, na economia e no combate ao desemprego em nosso país.

Companheiros e companheiras, também gostaria aqui de abordar algumas questões que considero importantes e fundamentais para os trabalhadores, trabalhadoras, o movimento sindical e a população dos países das Américas.

Nós, na Força Sindical, acreditamos plenamente, que a grave situação do contexto e a conjuntura regional e mundial, e a nossa própria experiência de luta sindical no Brasil, não deixam dúvidas sobre a necessidade e a importância do fortalecimento da unidade de ação sindical dos trabalhadores e o movimento sindical no Continente das Américas.

O contexto e a conjuntura nas Américas am por uma série de desafios complexos e interconectados, incluindo crises políticas, econômicas e sociais, ambientais, humanitárias e de imigração.

O desastroso desgoverno que se instalou em 20 de janeiro de 2025 nos Estados Unidos, com o senhor Donald Trump, acende um alerta vermelho para o futuro da nossa região. Os trabalhadores e as trabalhadores temos de estar atentos para lutar e impedir que retrocessos como esses acontecem em nossos países.

Nossa região enfrenta múltiplos desafios no momento, entre os quais, baixo crescimento econômico, aumento das desigualdades sociais que afetam a qualidade de vida da população, crise climática e eventos climáticos extremos, avanço do neofascismo com ascensão de movimentos de extrema direita espalhando violência e ódio e a crise global afetando o desenvolvimento da região.

Nesse sentido, por considerar oportuno, gostaria de reproduzir aqui, parte do discurso do presidente LULA, na terça-feira (13/05), na sessão de abertura do IV Fórum da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), realizado em Pequim, na China.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ressaltou a importância da integração da China com os países sul-americanos e caribenhos para o desenvolvimento da região. “Isso fica evidente sobretudo na área de infraestrutura, o apoio chinês é decisivo para tirar do papel rodovias, ferrovias, portos e linhas de transmissão. Mas a viabilidade econômica desses projetos depende da capacidade de coordenação de nossos países para conferir a essas iniciativas escala regional”, destacou o presidente LULA.

Companheiros e companheiras, quero reafirmar que a nossa central Força Sindical estará comprometida com a luta e unidade, e espera trabalhar em conjunto com a nova direção eleita neste Congresso para trabalhar num plano estratégico de unidade de ação sindical com a ADS e outras organizações sindicais internacionais regionais e mundiais, independentemente das tendências políticas ou ideológicas que cada organização represente.

Acreditamos que o mais importante para o movimento sindical é fortalecer a luta dos trabalhadores para manter e ampliar as conquistas, defender a democracia e melhores condições de vida para a nossa população, e fortalecer a inserção da América Latina e Caribe no cenário internacional, buscando as melhores oportunidades para o desenvolvimento sustentável do Continente das Américas.

Por último, desejo um ótimo Congresso, sucesso em todos os intercâmbios e debates dos delegados e delegadas, e que as decisões e conclusões sejam uma grande contribuição à luta e à superação dos nossos desafios na região das américas.

Um forte abraço a todos e todas!

A LUTA FAZ A LEI!

Miguel Torres

Rafael Freire, secretário-geral da CSA, Edson Bicalho, Fred Redmond, presidente da CSA, e Miguel Torres
Edson Bicalho e Miguel Torres com o secretário-geral da CSA, Rafael Freire